O Oscar de 2016 foi marcado por muitas polêmicas "sociais", e quando parecia que a edição de 2017 ia mudar isso...
A diferença das polêmicas é que neste ano a Academia em si não tem culpa alguma nos acontecimentos. Nos últimos dias o diretor iraniano Asghar Farhadi, cujo filme "O Apartamento" é um dos indicados ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, declarou em entrevista ao jornal New York Times que não irá comparecer à cerimônia mesmo se ele receber uma exceção ao veto feito pelo governo Trump na última sexta-feira de impedir a entrada nos Estados Unidos para iranianos e cidadãos de outros seis países de maioria muçulmana.
Farhadi disse que ele tinha planos de ir ao evento que será realizado no dia 26 de fevereiro em Los Angeles, mas que a ordem executiva assinada pelo presidente Trump é "injusta" e que a possibilidade de sua presença na cerimônia está dependendo de permissões que "não são aceitáveis".
Segue uma parte do comunicado emitido pelo diretor: "Escrevo aqui minha condenação das condições injustas impostas a alguns de meus compatriotas e cidadãos de outros seis países que tentam entrar legalmente nos Estados Unidos da América e espero que a situação atual não aumente a divisão e separação entre as nações".
No sábado, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou um comunicado comentando sobre as notícias de que o cineasta poderia ser impedido de entrar nos Estados Unidos e ir à cerimônia do Oscar 2017: "A Academia celebra as conquistas na arte da realização de filmes, que busca transcender fronteiras e alcançar audiências ao redor do mundo, independente de nacionalidade, etnia ou diferenças religiosas. Como apoiadores de cineastas e defensores dos direitos humanos de todos, recebemos com bastante preocupação a notícia de que Asghar Farhadi, o diretor do ganhador do Oscar com um filme iraniano, e o elenco e produção de seu indicado O Apartamento, poderiam ser barrados de entrar nos Estados Unidos por motivos religiosos ou de nacionalidade"
Na última sexta-feira, o recém empossado presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem que impede por 3 meses a entrada de cidadãos de sete países (Irã, Iraque, Síria, Yemen, Somália, Sudão e Líbia) e o bloqueio por 120 dias de refugiados de todo o mundo e indefinidamente os da Síria, em todo o território americano.
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